sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

É possível prover crescimento e estabilidade, ao mesmo tempo, em um Estado competente. É o Brasil no The Economist.

Do Folha.com 19/01/2012 - 15h49

Brasil aplica "capitalismo de Estado", diz "The Economist"
DE SÃO PAULO

A reportagem de capa da última edição da revista britânica "The Economist", lançada nesta quinta-feira, comenta sobre a ação do governo brasileiro em empresas e o crescimento das corporações nas chamadas economias de "capitalismo de Estado".

A revista, cuja manchete é "O crescimento do capitalismo de Estado", informa que o país, que passou por uma "abrangente privatização nos anos 1990", agora está interferindo em decisões da Vale e da Petrobras e "convencendo empresas menores a formar grupos campeões nacionais". A publicação revela que a África do Sul "flerta" com o modelo brasileiro.

De acordo com a matéria, os países do BRICS, que, além do Brasil, é composto por China, Índia, Rússia e África do Sul, "não estão promovendo apenas mudanças duras de infraestrutura, mas também na infraestrutura de corporações nacionais".
Reprodução Economist 


Capa da revista "The Economist" lançada nesta quinta, Brasil é citado como economia de "capitalismo de Estado"


CAPITALISMO DE ESTADO
"The Economist" ressalta que os sustentadores do "capitalismo de Estado" argumentam que é possível prover estabilidade e crescimento ao mesmo tempo e que o sistema só pode ser dirigido por um Estado competente.

A reportagem revela que a relação com a cultura mandarim ajuda os países asiáticos a desenvolver a boa administração do Estado, mas não é vista no Brasil e na África do Sul, que também estão incluídos no grupo dos emergentes.

O texto ressalta que os países que aplicam esse modelo, especialmente a China, "não veem problemas em manter a mistura entre o Estado e as empresas" e questiona o sucesso do modelo e as perspectivas para os mercados emergentes.

A reportagem ainda compara a expansão da China e de outros países em desenvolvimento com a explosão japonesa na década de 1950, o crescimento alemão de 1870 e os Estados Unidos após a independência.

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