terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Serra, um "Lacerda" menor.

O CORVO 

Um dos apelidos que Carlos Lacerda, o sustentáculo da intriga e das forças conservadores da direita brasileira, tinha era “O Corvo”. O corvo era relacionado à uma ave de mau agouro.

Passados mais de 20 anos da redemocratização do Brasil eis que surge um novo corvo muito menos capacitado intelectualmente do que seu original, ou seja, Carlos Lacerda. O novo corvo é José Serra.

Serra foi buscar no esgoto da historia a aversão elitista da velha e rancorosa UDN, mais do que isso, ressuscitou o ódio, o preconceito, a intriga.

Como se não bastasse este retrocesso Udenista, Serra se revelou um vendilhão dos interesses nacionais, como um autêntico fantoche, dos mais espúrios interesses anti-pátria.

Após o pleito eleitoral, onde Serra e seu discurso retrogradaram, foram colocados no ostracismo da historia e vem à tona uma surpreendente revelação.

Segundo relato de WikiLeaks, site que vem desmoralizando o império norte-americano relata uma conversa ocorrida em 2009 do tucano José Serra com uma executiva de uma petroleira norte-americana, na qual ele prometeu fazer aquilo que os norte-americanos queriam em relação ao marco regulatório da exploração do Pré-Sal.

Durante a conversa, Serra diz à Patrícia Pradal, executiva da petroleira Chevron e representante do Instituto Brasileiro de Petróleo (o nome diz Brasileiro, mas reúne representantes de empresas estrangeiras): "Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta".
Os telegramas divulgados mostram que a descoberta do Pré-Sal causou alvoroço entre os diplomatas norte-americanos.

Num despacho, a ex-consul Elizabeth Lee Martinez disse que era uma “nova e excitante descoberta” e que abria uma “oportunidade de ouro” para as empresas norte-americanas fabricantes de equipamentos para a exploração do petróleo.

A polêmica é conhecida. Freqüentou as páginas dos jornais e o noticiário da televisão, na maioria alinhados com os interesses norte-americanos e de lá foi levada pelos tucanos e seus aliados para a propaganda eleitoral. Foi uma intensa campanha contra a decisão do governo de mudar o modelo de exploração, adotando a partilha da produção e aposentando o modelo aprovado pelos tucanos em 1997, no qual as empresas concessionárias ficam donas de todo o petróleo explorado e pagam à União apenas um percentual na forma de royalties.

Além disso, no novo modelo recentemente aprovado pela Câmara dos Deputados, cresce o papel da Petrobrás, que se torna parceira nos consórcios de exploração e operadora exclusiva de todos os campos do Pré-Sal.
A opção feita pelo governo brasileiro reforça o papel do Estado – via Petrobrás e a uma nova empresa – na exploração do Pré-Sal que assegura o controle nacional sobre a nova riqueza e define as regras para seu emprego, cujo resultados vão para programas sociais e de combate à pobreza, não para engordar ainda mais os bolsos dos tubarões do petróleo e seus aliados.

O realce do papel da Petrobrás e a criação de uma nova empresa voltada para o Pré-Sal são tudo o que os norte-americanos não queriam e seus ventríloquos brasileiros – entre eles, agora está provado, tucanos de destaque como José Serra – condenavam.

Essa é a verdadeira face de José Serra, vulgo o Corvo.

  



Henrique Matthiesen

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